quarta-feira, 4 de julho de 2012

Qual explicação é a mais coerente?



Cientistas estão para descobrir uma das questões mais importantes da ciência atualmente. Eles apresentarão os resultados dos principais experimentos do maior acelerador do mundo para detectar a chamada “partícula de Deus”, após dez anos de pesquisa.
A párticula de Deus, é uma partícula hipotética chamada de “bóson de Higgs” que explica porque tudo no Universo adquire uma propriedade fundamental que é a massa.

“Temos critérios bastante rígidos e uma regra do jogo é não estragar a festa, mas posso dizer que é uma situação muito interessante”, disse o físico Alberto Santoro, professor da Uerj e principal pesquisador brasileiro no Cern.

A partícula de Deus é a única das partículas previstas pelo Modelo-Padrão, cuja existência ainda não foi demonstrada. De acordo com os cientistas, ela é essencial por proporcionar massa à outras partículas, sem ela, a matéria não existiria, incluindo os próprios seres humanos. Em outras palavras, o mundo ou o Universo não existiria?

Enquanto os cientistas continuam a sua busca pelas respostas, muito se coloca em dúvida quanto às possibilidades do resultado ser acurado e verdadeiro.

Em uma entrevista dada anteriormente, uma pesquisadora brasileira no projeto, Daniela Alves, astrofísica brasileira, afirmou que os cientistas têm esperança de entender “teoria de tudo”, mas que pode ser que “nunca encontrem a verdade por trás disso”.

“Não é uma busca em vão. A gente tem tecnologia ainda para testar certas escalas (...). Vai ser muito difícil da gente testar escalas muito maiores de energia porque teríamos que construir um acelerador do tamanho do Universo”.

“Existem cientistas que têm a esperança de entender tudo. Mas a minha opinião em particular, e a que muitos cientistas têm em comum, é de que talvez a gente nunca descubra qual é toda a verdade por trás disso”.



A fé e a ciência



E se a ciência não consegue explicar tais fatos essenciais para dar fundamento ao como o mundo foi criado, como aceitar que tudo foi criado e moldado a partir de um poder invísivel de um ser sobrenatural? Estariam os cientistas chegando a conclusão de que partículas invisíveis ou que não se podem provar seria resultado da ação de um Deus?

Ainda que na ciência um Deus criador não seja considerado como parte da criação do Universo, para alguns religiosos não há problema nenhum em se considerar o oposto. A teoria do Big Bang, por exemplo, que afirma que o Universo se iniciou a partir de uma grande explosão, não exclui a criação.

Segundo o teólogo batista Luiz Sayão, o texto da Bíblia tem concordância com a ciência. Ele explica que mesmo a teoria do Big Bang pode ser relacionado com a explicação de Gênesis 1 (“Haja luz; e houve luz”. Gênesis 1:3).

“O texto da criação da Bíblia é absolutamente verdadeiro, mas não é descrito em linguagem científica”, explicou Sayão. “Não há nenhum problema entre Gênesis e o Big Bang. Há certa concordância com o ‘Haja a luz’ que poderia ser relacionado com a explosão do Big Bang”.

Ele explica que a Bíblia não teria porque usar linguagem científica e por isso explica desta maneira para que todos possam entender. Entretanto, isso não contraria a ciência de hoje. O problema, diz ele, é a teoria científica não relacionar com o próprio Deus.

O britânico Peter Higgs teorizou a existência do bóson que leva seu nome

Qual é a origem da expressão 'partícula de Deus'?


Décadas de trabalho têm sido dedicadas à busca por uma partícula subatômica denominada bóson de Higgs, também conhecida como "partícula de Deus", e que pode ter sido ao menos detectada, afirmaram cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês). Mas, de onde vem o nome "partícula de Deus"?

O bóson de Higgs recebeu este nome em homenagem ao físico britânico Peter Higgs, que propôs sua existência em um artigo publicado em 1964 no periódico científico Physical Review Letters. Higgs teve a ideia enquanto caminhava um fim de semana pelas Montanhas Cairngorm, na Escócia. Quando retornou ao laboratório, ele disse aos seus colegas ter tido sua "grande ideia" e encontrado uma resposta para o enigma de por que a matéria tem massa.

Embora a partícula leve o nome de Higgs, importantes trabalhos teóricos também foram desenvolvidos pelos físicos belgas Robert Brout e François Englert. O bóson de Higgs ficou conhecido como "partícula de Deus", porque, assim como Deus, estaria em todas as partes, mas é difícil de definir. Mas a eral origem é bem menos poética.

A expressão vem de um livro do físico ganhador do prêmio Nobel Leon Lederman, cujo esboço de título era "A Partícula Maldita" ("The Goddamn Particle", no original), em alusão às frustrações de tentar encontrá-la. O título foi, depois, cortado para "A Partícula de Deus" por seu editor, aparentemente temeroso de que a palavra "maldita" fosse ofensiva.

Bruno Mansoulie, físico do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês), disse a jornalistas, em Genebra, que o grande acelerador de partículas europeu "reduziu a janela na qual os cientistas acreditam que encontrarão o bóson de Higgs". A sustentação para esta busca é o desejo de preencher a maior lacuna do Modelo Padrão, uma das principais teorias das partículas subatômicas.

Desenvolvido no começo dos anos 1970, o Modelo Padrão diz haver 12 partículas que compreendem os elementos principais presentes em toda a matéria. Estas partículas fundamentais se dividem em uma sequência de seis léptons e seis quarks, batizados com nomes exóticos, como "charm" (charme), "tau" e "strange" (estranho.

O Modelo Padrão também diz que as partículas conhecidas como bósons atuam como mensageiras entre as partículas de matéria. Esta interação dá origem a três forças fundamentais: a força forte, a força fraca e a força eletromagnética (há uma quarta força, a gravidade, que se suspeita que seja provocada por um bóson ainda a ser descoberto, denominado "gráviton").

O mistério, no entanto, é o que dá massa às partículas de matéria - e por que algumas destas partículas têm mais massa do que outras. A teoria que sustenta o bóson de Higgs é que a massa não derivaria de todas as partículas em si. Ao contrário, viria de um único bóson - o de Higgs - que reage fortemente a algumas partículas, e menos (ou não reage em absoluto) a outras.

Uma forma de visualizar isto é pensar em um coquetel onde há um grupo (os bósons) e recém-chegados (as partículas de matéria). Imagine o que aconteceria se um desconhecido entrasse na festa e atravessasse a sala. Apenas algumas pessoas o conheceriam e se aproximariam dele, e sendo assim, ele conseguiria cruzar o ambiente rapidamente, sem grandes obstáculos.

Mas o que aconteceria se uma celebridade entrasse? As pessoas se concentrariam em torno dela e seria mais difícil para ela cruzar o salão. Em termos físicos, esta partícula tem mais massa. "A ideia é que as partículas colidem contra os bósons de Higgs e este contato é o que as tornam mais lentas e lhes dá massa", explicou o físico e filósofo francês Etienne Klein.

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