segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Na ação detalhada abaixo, o MPF acusa Silas Malafaia de incitar a violência contra gays. Em programa exibido no ano passado, durante uma parada GLBTWYUSJHGSs (faltou alguem?) o Malafa se irritou com uns camaradas que esculachavam com símbolos religiosos durante a manifestação. Dai que, dando vazão ao seu conhecido temperamento destrambelhado (o que o faz o mais ridículo dos candidatos a líder cristão...), o centrado Malafaia vociferou:- Tem é que baixar o porrete nestes vagabundos (ou similar)! Meter o pau mesmo!
Pois bem, dando sequencia ao que já está virando rotina, Silas Malafaia, cinco vidros de Rivotril mais calminho, por meio de seus advogados (os melhores do Rio de Janeiro!) informou que, no caso em questão, o que ELE, MALAFAIA, quis dizer com alguém deveria “entrar de pau” e “meter o porrete” nestes vagabundos, de forma alguma, se propunha a ser um incitamento à violência física contra estes nobres ativistas, tratava-se tão somente de uma respeitosa exortação aos que se sentissem ofendidos pelo comportamento dos citados manifestantes homoafetivos, que os processassem judicialmente, ou lavrassem algum tipo de protesto formal civilizado, como uma carta de repúdio pública, uma carta denunciatória ao bispo da diocese, ou ainda, um minuto de silêncio durante a próxima marcha para Gizuz, por exemplo.
Meus
amigos! É claro que o Malafaia quis dizer exatamente isto e nada mais. Para
quem é proficiente em “malafês”, a língua adotada pelo honorável pastor, sabe
que “meter o porrete” e “enfiar o cassete” são termos educadíssimos, típicos de
um pastor evangélico da estirpe malafaliana e, em nada significam violência ou
ato sexual.
Da
mesma forma, quando alguém diz em malafês “Eu vou fornicar você”, foi, em
verdade, um mal entendido, onde o declarante, de fato, queria proferir:
"Eu vou funicar você!" , o que ao contrário de desejar se colocar em
intercurso sexual ativo homoafetivo com o interlocutor, significa, tão somente,
a expressão evangélica neopentecostal referente a colocar em prática um desejo
irrefreado de meter a porrada no cidadão. E que fique claríssimo, que a
porrada, ai empregada não é outra que não sopapos e catiripapos generalizados,
absolutamente heterosexuais, espalhados tão somente nas partes públicas do
corpo do desafeto. Ou seja: briga de crente. Afinal, funicar é arrebentar, na
tradução do próprio pastor.
De
maneira que, se o Malafaia tivesse dito: “- Seus gays, vocês deveriam ser
funicados!”, ai sim, seria o caso dos GLBTEGKJDs (faltou alguem?) se sentirem
ameaçados. Afinal, além de não poderem contar com a promessa (ou ameaça, risos)
de fornicação com o Malafaia, estariam sob séria ameaça de tomar uns tapões!
Outrossim,
quando em “malafês” um blogueiro é chamado de filho do diabo, uma jornalista de
vagabunda, um manifestante na porta de um evento gospel de babaca, um
contra-marchante para Gizuz de “filho da ...” e um vereador maranhense de
“frouxo e bandido” estes são todos elogios disfarçados de exortação a irmãos
desviados. Em nada objetivando ofender o interlocutor.
Afinal,
em “malafês”, quando se quer se dirigir a um pastor contrário a teologia da
prosperidade, o termo é: IDIOTA. Um vocábulo bem mais sutil do que aquele
reservado aos que ofertam na casa do Senhor, sem esperar nada em troca:
OTÁRIOS. Eu, como cidadão consciencioso que sou, vou enviar ao Ministério
Público o meu pequeno dicionário de malafês, o qual é prefaciado por Rafinha
Bastos, o mestre na arte do insulto.
Resumindo,
como meter o cassete e baixar o porrete é malafês clássico para processar, a
notícia por trás do título em lingua estranha é: Ministério Público processa
Silas Malafaia. "Com ação vagabunda!", diria Silas Malafaia. Afinal,
em malafês é um adjetivo empregado para levantar dúvidas a respeito da
procedência do mérito ou da capacidade profissional do sujeito na frase. Ex:
“Esta jornalista vagabunda distorce os fatos!”. O título da matéria está claro
agora, rapaziada?
A ação do Ministério Público Federal (SP)
O
Ministério Público de São Paulo entrou com uma ação contra Silas Malafaia e a
TV Bandeirantes, neste último dia 16 (fev/12):
Inquérito
Civil número 1.34.001.006152/2011-33 – Ref: CIDADANIA. Preconceito contra
homossexuais. Programa da TV Aberta. Pastor Silas Malafaia.
A
ação do MPF está “prefaciada” com a citação de João 13:34 (Um novo mandamento
vos dou: que vos amei uns aos outros...); o que, confesso, me causou profunda
estranheza, mas enfim:
Agora,
sério!
Acesse
mesmo. Leia, reflita e emita a sua opinião. Pois, eu mesmo, contra a minha
vontade e junto a minha profunda repulsa ao cidadão Silas Malafaia, função da
sua “teologia”, caráter, temperamento destrambelhado, comportamento anti-cristão,
falso profetismo e sua recorrência no estelionato religioso, o fiz e, confesso,
me senti profundamente incomodado com alguns dos fundamentos do direito usados
para estabelecer a ação.
Conclamo
os muitos advogados leitores do Genizah a observar o documento e emitir a sua
opinião.
Marcadores:
apostasia,
intolerância cristã
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