quarta-feira, 25 de julho de 2012

Dentro da grande explosão evangélica no Brasil, uma pesquisa mostrou que as igrejas protestantes históricas ou “igrejas evangélicas de missão” estão em retração, enquanto as igrejas de origem pentecostal se expandem




O Bureau de Pesquisa e Estatística Cristã (BEPEC) analisou os microdados referentes às religiões do Censo demográfico 2010 liberado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Brasil.

De acordo com a análise, muitas igrejas do grupo “igrejas evangélicas de missão” mostraram uma redução durante o período da análise2000 a 2010. Entre elas estão, a igreja congregacional com diminuição de 26,37%, a Luterana com - 5,9%, a presbiteriana com - 6,10% e metodista com - 0,01%, entre outras. Dentro do grupo, obtiveram crescimento as igrejas batistas com 17,74% e adventistas, com 29,03%. As igrejas evangélicas de missão apresentaram um total de crescimento de 10,76%.



Enquanto isso, as igrejas de origem pentecostal como a Assembleia de Deus, a Igreja Universal do Reino de Deus, a Igreja Maranata, entre outras, mostraram um crescimento total de 44,01%. A igreja com maior crescimento foi a igreja Assembleia de Deus com 46,28%, em seguida a Igreja Evangelho Quadrangular com 37,12%, e depois a Igreja Universal do Reino de Deus com 28,37%.

Apesar dos dados, existe a possibilidade que a tendência de retração das igrejas históricas no Brasil sofra uma reversão. Segundo o diretor do BEPEC, Danilo Fernandes, existe um crescente interesse da nova geração de protestantes históricos no aprimoramento do conhecimento teológico e pela produção literária, observado através da significativa adesão do grupo às ofertas de eventos como congressos e seminários no país.

Danilo afirma também que dissenções e escândalos constantemente apontados nas grandes denominações pentecostais podem ajudar para que haja uma tendência de retração dessas igrejas. “A rota de muitos decepcionados com a igreja, os órfãos das promessas não cumpridas, é a ortodoxia. Esta não é a estrada mais ampla, mas é uma artéria importante, de formadores de opinião”, afirmou ele, segundo a publicação Genizah.

“O crescimento deste grupo têm alimentado nos últimos anos as igrejas tradicionais que sofreram sangrias na primeira metade do último decênio. Eu creio em um retorno”, acrescentou.

Além disso, Fernandes afirma que há um crescimento de novas comunidades alinhadas com a teologia reformada, que não foram contabilizadas no Censo.

De acordo com os dados do crescimento evangélico no Brasil pelo censo 2010, a população evangélica cresceu em 16 milhões de pessoas, saltando para um total de 42,3 milhões de evangélicos no país.

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