quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Daniel Pompermayer

Hoje, enquanto esperava pela minha aula de trânsito, fui abordado por um moça: Testemunha de Jeová.

Sem idenficar-se como tal, ela se aproximou almejando trazer-me uma mensagem bíblia e pôs-se a falar sobre o estresse do mundo moderno. Em pouco tempo notou que eu não estava assim tão estressado e então apresentou-me um de seus livrinhos: "O que a bíblia realmente ensina". De pronto entendi que a moça evangelista era na verdade testemunha de Jeová e lhe disse que sou Cristão Batista, crente da doutrina reformada e que, portanto, não me agradava a doutrina da Torre de Vigia. Como esperado, a moça desejou entender o que em minha fé divergia da doutrina na qual foi educada. E eis que surge o tema: a divindade de Cristo.


E então, para minha surpresa, a moça diz ser especialista no assunto. Estava eu, às 7h da manhã, em uma praça em Barcelona, conversando com uma Testemunha de Jeová especialista em Cristologia?

Fui bombardeado por versículos e falas estudadas e, embora tenha o Espírito me instruido com respostas cuja formulação rápida surpreendeu até a mim mesmo, de forma que em não raras as vezes a moça precisou recorrer aos seus livros suporte em busca de um ou outro versículo que julgara controverso, pude perceber quão raso é o meu conhecimento acerca do assunto.

Ora, ponho-me agora a pensar, por que atentaria eu a provar a divindade de Cristo? Não fora o próprio Cristo, por meio de seu Espírito Santo, quem eficazmente me convenceu de minha natureza pecadora, me fez enxergar a condenação a mim sentenciada e me deu a compreensão de sua graça imerecida? Não fora o próprio Cristo quem testificara de seu ministério como homem, de sua morte e sua ressurreição por meio da exposição das escrituras, sua palavra viva? Não fora o próprio Cristo quem me criou e quem graciosamente rege a minha existência, me provendo de suas sublimes bençãos das quais tenho desfrutado? Diante de tudo isso, entender a divindade de Cristo torna-se algo tão natural quanto conhecer o ar ou perceber o calor do Sol. Não se sistematiza a necessidade de fazer bater o coração, assim também, a divindade de Cristo não se cataloga em listas de versículos, em parágrafos doutrinários, em livros e tratados e nem em sermões. Cristo é Deus e ,se assim não for, não há cristianismo, não há salvação, não há fé, não há eleição, não há justificação.

Sai então debater sobre pedobatismo, pelagianismo, graça merecida, expiação ilimitada; sobre o movimento carismático, sobre os dons espiriturais, sobre a evolução e sobre existencialismo. Mas sobre a divindade de Cristo, não sei debater, não posso duvidar, apenas creio.
E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça.

Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.
João 1:16-18

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