terça-feira, 15 de novembro de 2011

Tenho 28 anos de idade e pelo menos 26 anos de vida Cristã. E desde a minha infância acompanho a busca incessante de algumas pessoas pelo avivamento. Esse termo passou a fazer parte do vocabulário das igrejas. É tema de estudo das Escolas Bíblias Dominical, de pregação nos templos. Todas as pessoas querem ter um sentimento especial, algo mais forte, indescritível. Sentir uma vontade de cantar, de dançar, de gemer, e de experimentar Deus de outras formas. De conhecer o sobrenatural do Senhor, de alcançar um novo nível de espiritualidade. A sede é pela renovação de um modo inimaginável, de se tornar profeta ou apóstolo, de ter dons de línguas, da cura e da revelação. De sentir o chão tremer, de ver o Espírito de Deus agir de forma miraculosa.



Não critico quem está à procura do avivamento. No entanto, o que me intriga é que ninguém sabe me explicar à luz da Bíblia o que é avivar a vida cristã. Como “estudiosa leiga” das escrituras, ainda não encontrei, pelo menos na minha Bíblia, nenhuma referência de que o cristão precisa de um avivamento depois de determinado tempo de conversão. Não consigo entender porque ao aceitar Jesus esse cristão já não é avivado. Será que Cristo fez a obra pela metade ou será que o homem não está satisfeito com o que Jesus já fez e nos ensinou a ser?

Na minha humildade percepção, no “avivamento” praticado nas igrejas impera a vitória da emoção sobre a verdadeira prática cristã. As pessoas se deixam levar pelo calor do momento e passam dar mais valor às experiências humanas do que as revelações bíblicas de Deus.

Talvez eu não seja a pessoa mais indicada para criticar o movimento, como já disseram alguns amigos cristãos, já que não experimentei o avivamento. A princípio, achava que o problema estava em mim, que eu não era verdadeiramente convertida. E comecei a colocar em xeque a ação do Espírito Santo em mim. Na minha mente pairavam dúvidas sobre o porquê de Deus me renegar. Já cheguei a ouvir de irmãos que o problema estava em “estudar de mais”, de tentar racionalizar a Deus.

Só que quanto mais estudo a Bíblia mais percebo que não existe espaço na minha vida para esse tal movimento de renovação. Ele, na minha análise, não passa de ideias humanas. O cristão quer adaptar à igreja de Cristo aos desejos humanos e por esse motivo vive um vazio, um esfriamento espiritual. Mas em vez de se voltar ao que realmente importa, aos ensinamentos de Jesus, o cristão atual tenta descobrir novas formas de se encontrar com Deus.

Eu aprendi que a única forma de ter o Espírito Santo agindo de forma verdadeiramente em mim é aceitar a Jesus como salvador e buscar se relacionar com Deus de uma maneira mais profunda e íntima. Isso significa: colocar o joelho no chão e orar. Outra prática que torna o cristão mais avivado é o desenvolvimento do amor. Ter compaixão ao próximo, praticar a solidariedade, falar de Deus e ser tornar servo de outras pessoas.

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